quinta-feira, 30 de outubro de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA, 12/11, 16H, NA ALESP. APÓIE ESSA LUTA!

Cumprindo decisão da Assembléia Estadual (5/9), está marcada para a quarta (12/11), às 16 horas, Audiência Pública na ALESP (Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo), no auditório Franco Montoro.
Projetos e benefícios de interesse da magistratura são aprovados e liberados a toque de caixa, enquanto os projetos que beneficiam quem trabalha no TJ são engavetados e esquecidos. Por isso, convocamos a todos para fortalecerem a luta em defesa dos PLs 30, 56, 12 e 6.
Você que trabalha no TJ, compareça!



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

IV Encontro Estadual acontece no sábado (15/11).

No dia 15/11 será realizado o IV Encontro Estadual dos Judiciários do TJSP. Pelo quarto ano consecutivo, o Coletivo Comando da Base organiza esta atividade, com apoio dos novos sindicatos e outras organizações de luta.
Esta é mais uma oportunidade de discutir nossas questões, nossos direitos, debater sobre a organização da nossa categoria, refletir sobre o que passou e discutir os rumos da Campanha Salarial 2015.
Nos mesmos moldes de 2013, serão recebidas contribuições por escrito que servirão de base para parte das discussões do Encontro. Os critérios e orientações para o envio dos textos seguem descritos.
Data limite
A data limite para o envio de contribuições é 08/11.
Conteúdo
Textos sobre conjuntura com temas relevantes para a nossa categoria, especialmente voltados para a campanha salarial.
Serão aceitos textos de autoria própria ou de outras fontes, devendo ser mencionada a origem, referências e autoria.
Parâmetros
Máximo de duas páginas tamanho “A4”, com fonte “arial” tamanho “11”, arquivo em formato “word”.
Forma de envio
Deverão ser encaminhados ao e-mail do Coletivo Comando da Base (comandodabase@gmail.com) até a data limite (8/11). Inserir como título da mensagem “Texto para o Encontro Estadual 2014”.
Encaminhamento
Recebidos, os textos serão diagramados e publicamente disponibilizados a partir do dia 11/11 no blog do Comando da Base (www.comandodabase.blogspot.com).
Dúvidas e casos eventualmente omissos serão esclarecidos e definidos pela Comissão Organizadora do Encontro.
COLETIVO COMANDO DA BASE
Comissão Organizadora do IV Encontro


domingo, 26 de outubro de 2014

CARTA ABERTA DE REPÚDIO AO AUXÍLIO –MORADIA DOS MAGISTRADOS


São Paulo, outubro, 2014.

A partir do mês de outubro, juízes e desembargadores de todo país passam a receber a mais, um valor de R$ 4.377,73 de Auxílio-Moradia, conforme decisão das altas cortes jurídicas, o STF (Supremo Tribunal Federal) e depois do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). São mais de seis salários-mínimos por mês, como adicional. A população trabalhadora do Brasil e, especificamente, de São Paulo não pode assistir passivamente ao desrespeito a que está sendo submetida.

Esta carta é uma manifestação de repúdio a esse Auxílio-Moradia aos magistrados, pois queremos um país no qual não haja privilégios na sociedade e na vida pública.

Enquanto magistrados recebem esse Auxílio, que significa um verdadeiro aumento de salário no caso chamado de subsídio, é dos juízes e desembargadores que emanam as ordens de desocupação, de despejo, de reintegração, que causam tragédias como o  Pinheirinho (SJC) e mais recentemente, a desocupação de um prédio no centro de São Paulo.

Os que cassam o direito a um bem essencial à vida humana, como é a habitação, passam a receber um privilégio para dispor de sua própria moradia. Mais que uma contradição, é uma injustiça!

É revoltante assistir pessoas cultas e respeitáveis da magistratura, participarem da situação vexatória de receber mais um privilégio, de forma tão insidiosa. Juízes e desembargadores compõem uma parcela de beneficiados pelo Estado, que já dispõe de polpudos salários, e que não precisa bater cartão nem cumprir horário, tendo direito a duas férias por ano. Agora, implementa outro benefício para sua classe.

O Brasil viveu um período eleitoral, no qual circularam discursos de que o “estado gasta muito” e que seria até desejável, para os grandes empresários, haver um “Estado Minimo”. Porém, a população não sabe exatamente onde é que o Estado gasta e porque falta dinheiro para necessidades fundamentais, tais como saúde, educação, moradia. Para o conjunto do povo trabalhador e pobre sempre falta dinheiro, enquanto que, para os funcionários do judiciário de São Paulo o TJ deve reposição de perdas salariais desde 2002, deixa de cumprir compromissos e direitos acordados, inclusive aprovados por Leis.

Por outro lado, para agradar poderosos não existe “estado mínimo” nem “estado esbanjador”. Pouco importam as filas imensas nos tribunais, a falta de funcionários e a demora de andamento de um processo. Pouco importa a falta de recursos para a área social, pouco importa a saúde na UTI, e a degradação da educação. Pouco importam a falta de moradia, a falta de perspectivas e de dignidade para a maior parcela dos brasileiros.

O fato da magistratura trabalhar muito não é uma exclusividade dela. Quanto às condições de trabalho, são invejáveis se comparadas com a média. Note-se que é pequena, quase nula, a manifestação contrária dos beneficiados frente a mais esse privilégio. Pouco se ouve uma voz em contrário, nem mesmo em nome da ética.

Não bastasse essa questão de um novo privilégio, é lamentável que a magistratura não deixe de dar mostras de estar firmemente engajada no projeto de criminalização dos movimentos sociais, sindicais e políticos, o que vem gerando atos de violência com prisões e demissões arbitrárias de manifestantes e grevistas, retirando direitos dos trabalhadores. É revoltante!

Esta carta manifesta o repúdio ao Auxílio-Moradia da magistratura, novo privilégio para uma classe que já goza de muitos benefícios comparada a outras classes profissionais. 

Repudiamos a criminalização dos movimentos sociais. Basta a desfaçatez em manter as desigualdades de nosso país, principalmente quando em nome da Justiça.

Basta!!!


COLETIVO COMANDO DA BASE  
SINDJESP-CAIEIRAS E SÃO PAULO  
SINDJESP-RMSP