sexta-feira, 26 de julho de 2013

CARTA ABERTA DO COMANDO DA BASE ÀS ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS DO TJ-SP

CARTA ABERTA DO COMANDO DA BASE 
ÀS ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS DO TJ-SP

No início do mês de julho, os servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo foram surpreendidos por uma portaria da Presidência informando que, em menos de 20 dias, o TJ estaria adotando o horário único das 10 às 18h. Da noite para o dia, Ivan Sartori resolveu que a vida de dezenas de milhares de servidores, bem como de seus familiares, iria piorar drasticamente: todos deveriam sair do trabalho no horário de pico do transporte; o horário de estudante noturno foi extinto, e o do diurno restrito àqueles que já o possuíam; mães e pais viram-se tendo de se adaptar à realidade de que teriam de mudar a rotina de suas famílias para conseguir levar ou buscar os filhos na escola, dentre inúmeros outros problemas.

Nenhum sindicato da categoria, nenhuma associação, nenhuma entidade representante dos trabalhadores do TJ foram ouvidos. A decisão foi tomada de forma completamente burocrática, autoritária e verticalizada. A máscara de bom mocismo que a atual administração do TJ conseguiu manter por mais de um ano e meio desabou em minutos. Inúmeros servidores que assinaram o abaixoassinado pedindo a recondução do presidente ao cargo manifestaram arrependimento: "Sartori é mais do mesmo!", dizia um dos cartazes do ato ocorrido no dia 19/07.

Tal ato, convocado em apenas alguns dias pelo Comando da Base e pelos sindicatos regionais recém-fundados na Capital, no ABC, e na região da Grande São Paulo, contou com a presença de mais de 200 pessoas. Dezenas de servidores do Fórum João Mendes atenderam ao chamado do carro de som e desceram para protestar, enquanto ocorria a reunião de negociação sobre temas trabalhistas com o presidente do TJ.

Nesse dia, cartórios inteiros pararam. Pessoas do litoral e do interior vieram para o ato. Um abaixoassinado com mais de 4.000 assinaturas foi entregue exigindo a revogação imediata da portaria autoritária. Infelizmente, o ato quase não contou com a participação das associações que estavam reunidas com Sartori falando em nome da categoria. Participaram das mobilizações contra o horário o SINTRAJUS, a ASSOJUBS, a APATEJ e a AASP e os SINDJESP´s Caieiras e São Paulo, RMSP e ABCDMRR, com o apoio da CSP-CONLUTAS.

Entendemos que o dinheiro pago pelos associados todos os meses às associações deve servir para combater os ataques do TJ aos servidores, e não para organizar homenagens a Sartori, enquanto este prejudica milhares e milhares de pessoas.
Fazemos um chamado a todas as associações e sindicatos, da capital, litoral e interior, para que se somem a nossos esforços para barrar o novo horário imposto pelo TJ. Não podemos ficar inertes diante de um ataque tão grave quanto este a nossos direitos.

Na esteira dos grandes atos que tomaram conta do Brasil nos últimos meses, estamos realizando manifestações em frente ao Palácio da Justiça. Fazemos um chamado a todos os servidores e a todas as associações e sindicatos que os representam para participarem destes atos.

Precisamos mostrar ao Órgão Pleno do TJ e à população que os servidores não aceitarão calados a piora em suas condições de vida. Nada mudará se continuarmos apenas reclamando pelos cantos e se encararmos o problema como uma soma de questões individuais.

Pedimos a todas as pessoas associadas a alguma entidade para que procurem sua associação e sindicato para perguntar o que será feito para construir esse dia. Apenas a união de todos conseguirá impedir este retrocesso.

TODOS JUNTOS PELA REVOGAÇÃO DO NOVO HORÁRIO!
RESPEITO AO SERVIDOR DO TJ!

São Paulo, 25 de julho de 2013.

COMANDO DA BASE
COLETIVO: JUDICIÁRIOS DO TJSP




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