CARTA ABERTA DO COMANDO DA BASE
ÀS ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS DO TJ-SP
ÀS ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS DO TJ-SP
No início do mês
de julho, os servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo foram surpreendidos
por uma portaria da Presidência informando que, em menos de 20 dias, o TJ
estaria adotando o horário único das 10 às 18h. Da noite para o dia, Ivan
Sartori resolveu que a vida de dezenas de milhares de servidores, bem como de
seus familiares, iria piorar drasticamente: todos deveriam sair do trabalho no
horário de pico do transporte; o horário de estudante noturno foi extinto, e o
do diurno restrito àqueles que já o possuíam; mães e pais viram-se tendo de se
adaptar à realidade de que teriam de mudar a rotina de suas famílias para
conseguir levar ou buscar os filhos na escola, dentre inúmeros outros
problemas.
Nenhum sindicato
da categoria, nenhuma associação, nenhuma entidade representante dos
trabalhadores do TJ foram ouvidos. A decisão foi tomada de forma completamente
burocrática, autoritária e verticalizada. A máscara de bom mocismo que a atual
administração do TJ conseguiu manter por mais de um ano e meio desabou em
minutos. Inúmeros servidores que assinaram o abaixoassinado pedindo a
recondução do presidente ao cargo manifestaram
arrependimento: "Sartori é mais do mesmo!", dizia um dos
cartazes do ato ocorrido no dia 19/07.
Tal ato,
convocado em apenas alguns dias pelo Comando da Base e pelos sindicatos
regionais recém-fundados na Capital, no ABC, e na região da Grande São Paulo,
contou com a presença de mais de 200 pessoas. Dezenas de servidores do Fórum
João Mendes atenderam ao chamado do carro de som e desceram para protestar,
enquanto ocorria a reunião de negociação sobre temas trabalhistas com o
presidente do TJ.
Nesse dia,
cartórios inteiros pararam. Pessoas do litoral e do interior vieram para o ato.
Um abaixoassinado com mais de 4.000 assinaturas foi entregue exigindo a
revogação imediata da portaria autoritária. Infelizmente, o ato quase não
contou com a participação das associações que estavam reunidas com Sartori
falando em nome da categoria. Participaram das mobilizações contra o horário o
SINTRAJUS, a ASSOJUBS, a APATEJ e a AASP e os SINDJESP´s Caieiras e São Paulo,
RMSP e ABCDMRR, com o apoio da CSP-CONLUTAS.
Entendemos que o
dinheiro pago pelos associados todos os meses às associações deve servir para
combater os ataques do TJ aos servidores, e não para organizar homenagens a
Sartori, enquanto este prejudica milhares e milhares de pessoas.
Fazemos um
chamado a todas as associações e sindicatos, da capital, litoral e interior,
para que se somem a nossos esforços para barrar o novo horário imposto pelo TJ.
Não podemos ficar inertes diante de um ataque tão grave quanto este a nossos
direitos.
Na esteira dos
grandes atos que tomaram conta do Brasil nos últimos meses, estamos realizando
manifestações em frente ao Palácio da Justiça. Fazemos um chamado a todos
os servidores e a todas as associações e sindicatos que os representam para
participarem destes atos.
Precisamos
mostrar ao Órgão Pleno do TJ e à população que os servidores não
aceitarão calados a piora em suas condições de vida. Nada mudará se
continuarmos apenas reclamando pelos cantos e se encararmos o problema como uma
soma de questões individuais.
Pedimos a todas
as pessoas associadas a alguma entidade para que procurem sua associação e
sindicato para perguntar o que será feito para construir esse dia. Apenas a
união de todos conseguirá impedir este retrocesso.
TODOS JUNTOS PELA
REVOGAÇÃO DO NOVO HORÁRIO!
RESPEITO AO
SERVIDOR DO TJ!
São Paulo, 25 de julho de 2013.
COMANDO DA BASE
COLETIVO: JUDICIÁRIOS DO TJSP
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