segunda-feira, 12 de agosto de 2013

PANE NO SAJ! QUE TRABALHADOR PODE SUPORTAR? 12 DE AGOSTO, MAIS UM DIA DE SERVIÇO PARADO, MUITOS TRANSTORNOS E ABORRECIMENTOS PARA FUNCIONÁRIOS E USUÁRIOS NO TJSP.

Semelhante ao colapso do SAJ ocorrido entre os dias 31/7 e 5/8, uma nova pane surpreendeu funcionários e usuários no dia de hoje (12/8). Sistema fora do ar, impossibilidade de desenvolver o trabalho, reclamações e muita insatisfação dentro e fora dos balcões dos cartórios. A pane atingiu diversos setores do TJ. Isso representa prejuízo para o serviço, prejuízo para advogados e partes, muito estresse e desgaste absurdo para funcionários.

As respostas da STI (Secretaria de Tecnologia da Informação) e da Softplan a respeito das panes são genéricas e vagas e não vão além de alegações de “problemas técnicos” ou da emissão de “avisos de lentidão no sistema”.  Até mesmo o portal do TJ (www.tjsp.jus.br) tem estado fora do ar por grandes períodos, sem explicação.
Assim como o TJSP a SOFTPLAN apresenta muita propaganda de autopromoção. O SAJ e o e-SAJ são vendidos como o que há de mais moderno e avançado para a Justiça, Ministério Público e Defensorias Públicas (www.softplan.com.br/saj/index.jsf). A empresa ainda ostenta um rol extenso de clientes (www.softplan.com.br/saj/clientes.jsf) por todo o País. Entre eles, com muito peso, a justiça estadual paulista. No entanto, no TJSP a realidade do SAJ e do e-SAJ para os usuários (funcionários e advogados) é de lentidão constante, panes, sistema fora do ar e uma série de problemas de ordem técnica ou atribuídos ao próprio sistema.


Enquanto o TJ, a SOFTPLAN e a STI continuam a bater cabeças nessa “brincadeira” de péssimo gosto, a realidade cobra a fatura dos funcionários. Quem trabalha nos cartórios está sujeito e sofrendo todo tipo de pressão. Além das pressões habituais, já insuportáveis, têm que acalmar as feras nos balcões e tentar apresentar soluções de improviso para as questões que não podem esperar. Não é à-toa que o número de funcionários adoecendo, pedindo afastamento, se exonerando e até morrendo é muito grande e aumenta a cada dia.

Que espécie de serviço público pode ser prestado sem que haja condições materiais e objetivas de prestá-lo? Sem que o funcionário seja realmente valorizado, tenha uma carreira de verdade e direitos respeitados? Com armadilhas como a da PROGRESSÃO que excluiu 16.000 do benefício? Que trabalhador pode suportar essas condições?
Paciência? Está chegando a hora de perdê-la!

  

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

TRIBUNAL DE JUSTIÇA: INFORMÁTICA EM COLAPSO, MAIS CAOS NOS CARTÓRIOS!

Nos últimos dias (31/7 a 5/8) o SAJ esteve em colapso. Nos cartórios foi impossível trabalhar, comprometendo o serviço e o atendimento. No João Mendes, ofícios de liminares de processos digitais chegaram a ser feitos fora do sistema (no “word”) e entregues aos advogados no papel. Sem falar, na dificuldade de quem estava só no período das 18 às 19h por conta da jornada fixa imposta pelo TJ.

Em condições normais o sistema é lento, e torna a rotina e a vida do trabalhador do TJSP, advogados e usuários um tormento.

Contrariando todos os avanços e esperanças alardeados pelo TJ e, coincidentemente, na matéria publicada na Veja São Paulo na última semana (http://vejasp.abril.com.br/materia/a-era-digital-chega-aos-tribunais), o SAJ vai mal.

Questionado sobre a lentidão do sistema em visita ao Fórum João Mendes (2012), Sartori afirmou que o problema está na rede de internet (Vivo/Telefônica) e que não há outra empresa que possa substituí-la.

Contudo, a resposta não se mostra convincente, já que todos os bancos e suas redes de agências, por exemplo, utilizam o mesmo serviço, tem demanda maior e raramente sofrem com lentidão e colapsos.

Distante da propaganda das mídias interna e externa do tribunal, a realidade do sistema SAJ e dos cartórios é de entristecer até os mais otimistas.

E não venham dizer que os funcionários só sabem criticar. Fomos nós que sempre nos desdobramos para driblar as deficiências dos sistemas (SAJ PG3 e outras versões, PRODESP, SAJ PG5 e outros). Improvisamos e nos esforçamos para que a coisa não desandasse de vez.


SOFTPLAN E O SAJ PG5
A Softplan, desenvolvedora do SAJ, desfruta de uma espécie do monopólio nas Justiças Estaduais. Além disso, os técnicos de informática do TJSP não têm acesso ao programa para solucionar problemas, aprimorá-lo ou adequá-lo às necessidades específicas de cada área (cível, criminal, família...).

Toda e qualquer alteração, tem que passar pela Softplan o que mantém o tribunal numa posição equivalente à de refém. O contrato com o TJ é milionário.

Segundo escreventes o programa é inadequado e apresenta uma série de falhas (os chamados “bugs”); principalmente nos cartórios híbridos (que tem processos físicos e digitais) caso do Fórum João Mendes, por exemplo.

A impressão que se tem é de que o programa foi desenvolvido a partir de uma plataforma restrita, e com base em orientações e tabelas do CNJ que alteraram procedimentos que eram habituais.

Supõe-se também que foi idealizado por técnicos, sem consulta ou acompanhamento de quem tivesse noção sobre rotinas cartorárias, processos, andamentos processuais e seus desdobramentos.

Um exemplo: com a implantação do SAJ PG5, todos os incidentes processuais antigos (prodesp) tiveram a numeração automaticamente alterada na migração entre sistemas. Isso tornou praticamente impossível a tarefa de encontrá-los, identificá-los e alterar as respectivas etiquetas. O problema atinge principalmente processos falimentares, insolvências e outros com grande número de incidentes processuais (centenas ou milhares).

Parte da discussão está colocada e pensamos que é necessário ampliá-la. Cabe a nós trabalhadores do TJ, aprofundar o debate e pressionar o TJ em busca de soluções para a lentidão e os problemas do sistema.
                                    .  .   .
Cursos relâmpago e superficiais, palestras sobre autoestima e estimulação da colaboração cega com o patrão, não melhoram nossas vidas nem a realidade das nossas condições de trabalho.



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

RJ: ONDE ESTÁ O AMARILDO???

O "sumiço" de Amarildo no Rio de Janeiro é inaceitável. Como é sabido, tanto no Rio quanto em São Paulo a repressão dos governos costuma ser absurda e desnecessária.

Nós do Comando da Base nos solidarizamos com o caso Amarildo, para que ele não seja apenas mais um.

Transcrevemos aqui o texto de Zé Maria (30/7, via facebook).

[Hoje a Folha de São Paulo noticiou manifestação de delegados da Policia paulista, que denunciava a "prisão ilegal" de um colega delegado. Em um cartaz diziam "prisão ilegal, isso sim é um crime hediondo".

Fiquei pensando em como é a vida. Todos os dias centenas de trabalhadores e jovens, pobres e negros em sua grande maioria, são presos ilegalmente, e com a participação ativa destes que agora se manifestam. Pior, muitos são assassinados, sem motivo nenhum, simplesmente vitimas da truculência e da violência policial.

Amarildo é um destes. Trabalhador, Ele é pedreiro, vivia com sua família em uma comunidade na periferia da cidade do Rio de Janeiro até ser preso como "suspeito" pelos PMs da UPP (lembram, aquelas que foram instaladas pelo governo do Rio, nas favelas "pacificadas" para "proteger" os moradores).

Nunca mais ninguém viu o Amarildo. Até as fitas das câmaras de segurança sumiram, para evitar qualquer prova contra os policiais que sumiram com ele. Sua família, esposa e filhos, estão desesperados atras de noticias. Até agora, nada. O governador do Rio finge que não é com ele.

Sei que são muitos casos, que esse é só um deles. Mas faço aqui um apelo: vamos ajudar a cobrança que já vem sendo feita em redes sociais. Vamos ajudar a tornar a vida do governador do Rio tão insuportável quanto a sua policia tornou insuportável a vida da companheira e dos filhos do Amarildo. Até que ele seja encontrado (esperamos que com vida) e a vida de sua companheira e seus filhos possa ter um pouco de paz.

Vamos todos compartilhar a cobrança:


Cade o Amarildo, governador Sergio Cabral?]

sábado, 3 de agosto de 2013

6 DE AGOSTO - DIA DE MOBILIZAÇÃO CONTRA O PROJETO DE LEI 4330, que amplia a terceirização da mão de obra, precarizando ainda mais as relações e as condições de trabalho.

Neste 6 de agosto vai acontecer um dia de mobilizações contra o PL (projeto de lei) 4330, apresentado pelo deputado federal Sandro Mabel (PR/GO), que abre caminho para ampliar e consolidar a terceirização, em larga escala, em todos os setores da classe trabalhadora. A CSP-Conlutas participará dessa iniciativa, promovendo manifestações e panfletagens em diversas categorias.

É preciso barrar essa tentativa de avançar ainda mais no trabalho terceirizado no Brasil. É necessário defender os direitos conquistados. A terceirização é a precarização do trabalho!

De acordo com um estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e da CUT, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas semanais a mais e ganha 27% a menos que o trabalhador contratado pela CLT. Além disso, a cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre terceirizados. Ou seja, no trabalho terceirizado trabalha-se mais, ganha-se menos, o tempo de permanência no emprego é menor e o número de acidentes de trabalho é muito maior. Assim, a aprovação desse projeto de lei significa aprofundar essa situação para o trabalhador brasileiro. Por isso, é preciso dizer não a esse PL que pretende impor e facilitar ainda mais a terceirização.

O Brasil já tem cerca de 10 milhões de trabalhadores terceirizados, o equivalente a 31% dos 33,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada no país. Com esse projeto aprovado, a tendência é esse número avançar sobre o trabalho celetista. Por isso, é preciso barrá-lo!

A iniciativa do dia de luta em 6 de agosto foi aprovada por todas as centrais sindicais na reunião que aprovou também o 30 de agosto como Dia Nacional de Paralisação. Assim, vamos aproveitar as atividades organizadas no dia 6 para divulgar também a nossa pauta de reivindicações e o dia 30 de agosto.

Vamos participar dos atos e manifestações do dia 6, realizando panfletagens e uma ampla agitação, aproveitando a data também para criar condições para parar o máximo de setores e categorias no dia 30 de agosto, o Dia Nacional de Paralisação, definido em comum acordo com as demais centrais.

Isto porque ainda que consigamos derrubar o PL 4330 (terceirização), a nossa pauta é mais ampla e segue na ordem do dia, para mudar a política econômica anti-trabalhador deste governo. E essa pauta estará nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas e nas universidades até o dia 30 de agosto.

(fonte: CSP-Conlutas)
http://cspconlutas.org.br/